terça-feira, outubro 04, 2005

CRISTOVAM BUARQUE PARA PRESIDÊNCIA

Neste momento tão delicado e frágil em que se encontra o país, a minha única esperança que toca a política nacional atende pelo nome de Cristovam Buarque. Eis alguns trechos da carta que este grande senador pernambucano escreveu aos militantes do PT, ao deixar o partido, no começo de setembro:

"Estou convencido de que está na educação a única alternativa para fazer as mudanças sociais, dentro das limitações criadas pela realidade atual: a revolução responsável e possível que o Brasil deseja, e esperava ver acontecer quando elegeu Lula presidente. A grande contradição social de hoje está entre os que têm e os que não têm acesso ao conhecimento. Essa é a principal causa de desigualdade e de exploração. Por isso, ser de esquerda hoje é lutar por uma educação equivalente para todos os brasileiros. Como escrevi um dia ao Presidente Lula: Mandela mudou a África do Sul porque assegurou a negros e brancos o direi to de andar na mesma calçada; o governo do PT faria uma revolução se garantisse que pobres e ricos freqüentassem escolas com a mesma qualidade."

"Fiz a opção de continuar na luta pelas reformas sociais que o Brasil espera, e não na luta interna entre as tendências do partido, que considero fratricida, corporativa, antipopular."

"Em 2002, o povo mostrou sabedoria para entender que o Brasil precisava de mudanças, e teve ousadia, ao eleger um operário para presidente. Nós ficamos na retaguarda do povo: nossos intelectuais fazem a apologia ao silêncio, nosso governo se entrega sem arriscar medidas transformadoras, nosso partido se dilacera na luta interna e nos erros de alguns que o Presidente chama de traidores. Não temos o direito de pedir ao povo brasileiro que espere de cinco a dez anos enquanto fazemos nossa autocrítica, nos concentramos na disputa interna e levamos adiante a nossa refundação."



"O povo brasileiro não terá paciência para esperar o PT se reencontrar e formular um projeto nacional transformador: responsável no econômico e radical no social. Como parlamentar, não tenho o direito de colocar de lado aquelas bandeiras em nome da refundação do PT. Os partidos existem para servir ao País e ao povo, não para que o povo e o País esperem por ele. O Brasil é maior do que qualquer partido."




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